quinta-feira, 18 de novembro de 2010

República dos discos

“As pessoas não conhecem muito aqui. Acham que é a Galeria do Rock”. É assim que a dona da loja de discos Faunus, Sandra Imbiriba, define a galeria Boulevard do Centro que fica na Rua 24 de Maio, onde existem diversas outras lojas especializadas em compra, venda e troca de LPs, CDs e, também, DVDs.

A Faunus, que existe há cinco anos, começou como um hobby do marido de Sandra: “A gente já tinha alguns LPs em casa e meu marido resolveu abrir essa loja aqui. Quando começou, tinha entre 700 e 800 discos”. A loja que, no início era pequena, atualmente ocupa duas salas. “A gente foi indo atrás, faz pesquisa, mas aparece bastante gente aqui pra vender ou trocar. É assim que a gente consegue alguns discos raros”.
Hoje, o LP mais caro na loja de Sandra é um de Bossa Nova – Recordando, de Carlinhos Guinle – e se alguém se interessar deverá desembolsar R$600,00. Mas há, também, coisas mais comuns, vendidas a R$2,00. Sandra acha que o mercado de discos é bom, mas que sofreu por causa da crise. “É supérfluo, se a situação fica difícil, as pessoas deixam de comprar”.
Esse mercado, como explica a dona da Faunus, é para colecionadores. “As pessoas que vêm aqui é porque já conhecem, gostam de ter o vinil, tocar, limpar. É diferente daqueles que baixam a música ou compram um CD pirata. Esses só querem a música”. Sobre o aumento de downloads, Sandra é direta, “o MP3 não diminuiu a procura, por causa do público que compra LPs que é bem específico”. Em sua maioria, os clientes da loja são homens, de todas as idades. “Quando é uma mulher colecionadora, elas procuram por coisas mais difíceis ainda.”
O vinil mais caro, para Sandra, é o primeiro disco lançado por Roberto Caros. “Nunca tivemos esse disco, mas custa em torno de três mil reais!”

Ela pode não saber, mas na loja quase ao lado da sua, a Ventania, esse LP já foi vendido, e por R$2 mil. É o que conta Alcides Campos, diretor da loja que hoje tem mais de 60 mil discos – sem contar os 80 mil em estoque. A Ventania, que vai completar 25 anos em 2010, teve seu nome inspirado pela música homônima de Geraldo Vandré. “Na época eu gostava muito dessas musicas de protesto, queria um nome brasileiro”, explica Alcides.
Assim como Sandra, Alcides também acha que o mercado é, em sua maioria, para colecionadores, no entanto “ultimamente tem aparecido um grupo mais jovem, que curte heavy metal”, diz.


E
ntre os discos raros há Bob Dylan, Beatles, Elvis – esses dois últimos são os mais procurados pelos clientes. Porém, mais raros ainda são as gravações de índios cantado, dos discursos de Hitler, Mussolini e Jânio Quadros que algumas pessoas já pediram.
Ainda entre os artistas, muitos famosos já passaram pela loja como Charles Gavin, do Titãs, Ed Mota, Marcelo Camelo, a banda Cachorro Grande, e o rapper Taíde. “Chico Science e Bezerra da Silva já vieram aqui também pra procurar seus próprios discos porque não tinham!”.
Para Alcides a procura é maior que a oferta, “muitos vêm aqui procurando coisas realmente boas, por isso, às vezes é mais fácil vender um disco caro, de cem reais, do que aquele de um real”. O diretor da Ventania fala também sobre a pirataria e suas consequências ao mercado de CD. “O CD vai morrer antes do vinil por causa da pirataria”, afirma.
Algo em comum entre a Faunus e a Ventania é a decoração. O teto e as paredes de ambas as lojas são cheias de discos decorados, com figuras, como a da Branca de Neve, fotos dos artistas, como Fábio Júnior, Angélica e Roberto Carlos e formas das mais diversas. Entre as mais curiosas então as de telefone e sino que foi lançada como um compacto comemorativo na época de Natal. Muitos são originais e realmente tocam. Outros serviram apenas como propaganda. “Uma vez um cliente comprou um com a foto da Gretchen por 500 reais”, conta Sandra.

A galeria é bem vazia, não muito conhecida pelo grande público. Os clientes que lá vão buscam coisas específicas como é o caso de Marcelo Souza, 27, que estava procurando um disco dos Beatles. “Sempre que posso venho aqui. Gosto muito de vinil e aqui é um lugar muito bom pra se achar o que procura e tranquilo pra se procurar com calma”, explica Marcelo.
Mesmo sendo escondida a galeria no centro da cidade de São Paulo não é esquecida. São os amantes da música e do vinil que sustentam lugares como esse e o mercado de discos que vem crescendo no país. Vitrolas voltaram a ser fabricadas e vendidas e se depender de Sandra, Alcides e muitos outros que vivem da música e dos discos, esse mercado só vai crescer ainda mais.

sábado, 16 de outubro de 2010

A Tropa ataca de novo


Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro já é um sucesso com apenas duas semanas em cartaz. Aliás, antes mesmo de estrear, o filme brasileiro mais aguardado do ano já era um sucesso.

Para não acontecer o mesmo que o primeiro filme, quando uma cópia foi roubada e estima-se que mais de 11 milhões de pessoas tenham visto a versão pirata, o diretor José Padilha criou algo inovador no mercado brasileiro, distribuindo ele mesmo as cópias, além de ter um forte sistema de segurança por trás disso.

Bom, o melhor no filme fica por conta da atuação de Wagner Moura. Agora como Coronel Nascimento e Sub Secretário de Inteligência do Rio de Janeiro, dez anos mais velho, o personagem é mais maduro, mais denso, e ao combater o tráfico de drogas, revê o seu papel dentro do sistema.
Na verdade o inimigo são vários: os policiais corruptos, os políticos corruptos e, principalmente, as milícias.
O filme é menos violento e chocante do que o primeiro, mas a trama é mais bem elaborada. Seguindo os passos de Nascimento, o público é levado para dentro do sistema, algo difícil de ser evitado, de fugir, de negar, "foda", nas palavras do próprio Coronel.

Fui ver o Tropa 2 no primeiro final de semana de estreia. Filas enormes, especulações e espera. Foi muito interessante ver a reação do público quando Nascimento bate em um político, por exemplo. São aplausos, gritos, a plateia entra em êxtase. Ele, até certo ponto, faz justiça com as próprias mãos, faz o que muita gente gostaria de fazer e por isso o Capitão/Coronel se tornou um (anti-) heroi tão aclamado pelo público.
Infelizmente, a grande maioria das pessoas que viram o filme param por aí. O filme acaba, a música toca, os créditos sobem. O cinema se esvazia e a reflexão acaba. Acaba?

Tropa 2 foi lançado logo após as eleições. O que nos faz pensar: se fosse lançado antes, o resultado seria diferente? Lá no Rio, para governador, teria ganhado Sérgio Cabral? E aqui em São Paulo, seria o Tiririca eleito com mais de um milhão de votos? Talvez sim, talvez não. Afinal é só um filme, e como um filme, mesmo tendo ideias e críticas tão claras pode mudar um país?

Enfim, é um filme para fazer pensar. Com algumas semelhanças com a realidade, analogias, metáforas, e até uma dose de humor. Mas isso depende, é claro, de quem o está assistindo. O propósito pode não ter sido mudar o sistema (até porque “o sistema é foda parceiro”), mas apenas começar uma transformação na mentalidade de pelo menos algumas pessoas que o vêem.

Deixando críticas e ideologias de lado, Tropa de Elite 2 vale muito a pena. Diálogos interessantes, grandes atuações, novos bordões, uso muito interessante da câmera – que segue os personagens – bom de ser visto e discutido. Abaixo, deixo o trailer oficial. Então vamos deixar de “pombagirisse” e curtir logo o filme, que é o que interessa.




Site oficial do filme: http://www.tropa2.com.br/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ócio Criativo

Estou d férias permanentes.....
Pelo menos neste ano....
Não são férias férias msm, pq eu continuo fazendo alguns cursos livres - italiano, espanhol, canto e teatro - mas ñ tô trabalhando (faz um bom tempo já...)
E sabe o q eu descobri nesses seis meses d "férias"?
Muita coisa! Muita coisa msm!
Sobre mim...sobre as pessoas...sobre o mundo....conheci muita gente...desconheci algumas.....rsrsrsrs
E viva o ócio criativo! \o/

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Moda do Vampiro

E os Vampiros estão na moda....tudo isso por causa da série Crepúsculo.
Mas não vou falar dos vampiros purpurinados por aqui.
Já que hoje é o Dia do Vampiro, decidi postar sobre livros/filmes/série que tratam do tema e que eu gosto.

Vou começar com True Blood.
A história é basicamente essa: foi criada uma bebida artificial chamada true blood que imita o sangue, permitindo que os vampiros coexistissem com os humanos. Mas sempre tem um porém...
É uma das melhores séries hoje em dia (e pra mim só perde pra Dexter, é claro), está na 3ª temporada e pra quem gosta de vampiros e tem estômago forte (por que não?!) eu recomendo!
Primeiro porque trata os Vampiros como eles realmente devem ser retratados. Segundo porque, bom, só vendo pra entender....


















Entrevista com Vampiro de Anne Rice é sem dúvida um dos melhores livros que eu já li. E, para a nossa sorte, foi feita uma ótima adaptação!
Rice conseguiu criar um Vampiro incrível, Louis, que se recusa a beber sangue humano e tem crises de consciência.
Mas, para mim, o melhor mesmo é o Lestat, criador de Louis e, por acaso, é todo o seu contrário.
Ah! Também não podemos ignorar a "filha do casal", Cláudia, transformada por Louis ainda criança.
E pra mim essas são as duas melhores cenas do filme: na primeira Louis se recusa a tomar o sangue de uma mulher e Lestat se enfurece. Na segunda Louis se vinga da morte de Cláudia.

Da mesma autora, Rainha dos Condenados também é um ótimo livro. Pena que a adaptação pro cinema não foi lá aquelas coisas....O filme até que é razoável, o problema é que não tem muita a coisa a ver com o livro. E, além disso, eu prefiro o Lestat do Tom Cruise.
E do filme deixo a minha cena favorita da Vampira Akasha.

E é claro que eu não poderia esquecer de Drácula, do Bram Stoker.
A história todo mundo conhece: Drácula lutava nas Cruzadas, era muito cruel e empalava seus inimigos. Após a sua mulher ter se matado pensando que ele tinha morrino na guerra, Drácula renega a Deus e se transforma em Vampiro.
Escolho aqui a melhor cena da adpatação de 1992 de Coppola:




É isso. Claro que muita coisa ficou de fora mas eu escolhi e esse são os meus favoritos.
E não. Eu não gosto de Vampiros só porque eles estão na moda agora. Sempre gostei e provavelmente sempre vou gostar, pelo simples motivo de eles serem eternos...
Então feliz Dia do Vampiro pra você também!


sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Síndrome do Pós-Qualquer Coisa

O momento é propício (pelo menos pra mim) pra escrever esse post sobre algo que aflinge milhares de pessoas: a Síndrome do Pós-Qualquer Coisa.
Seja essa "qualquer coisa" um show, uma balada, uma festa, um evento, um encontro, ou qualquer outra coisa que se encaixe nessa lista.
Pra você que ainda não entendeu o que é essa tal Síndrome, explicar-vos-ei (??): é aquela coisa que a gente sente no dia seguinte a qualquer coisa que tenha sido boa no dia anterior e passa o dia seguinte lembrando e tentando voltar no tempo pra viver de novo aquela coisa do dia anterior e que não devia ter acabado nunca. Entendeu???
Tá, é bem mais simples do que isso. Mas enfim....se você que me lê (ou não) já sentiu essa Síndrome, saiba que você não é o único!
Então, porque nós, milhares de pessoas que sofrem da Síndrome do Pós-Qualquer Coisa não nos juntamos e tentamos criar uma máquina do tempo hein?!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Nascida para cantar: A música na vida de uma vaidosa e organizada cantora.

(Esse texto é uma pequena homenagem para a minha professora de canto Rosely.)

Um dia, parada no farol, dentro do carro. Com cabelos vermelhos, repicados, batom e óculos escuros. “Olha a Rita Lee”, diz uma garota que passava em outro carro. Mas não era a Rita Lee. Era, na verdade, uma outra cantora, um pouco menos conhecida, Rosely Aparecida Neves.
“Cantar é a minha vida!”. Não é famosa, mas já passou por essa fase, “não vou deixar de cantar porque eu não fiquei famosa, porque vou ficar frustrada duas vezes”. Rosely, ou Lily como é chamada pelos amigos, já fez cover da Rita Lee, “quando era jovem me incomodava um pouco, hoje eu curto, acho legal”.
A menina que, como conta a mãe, dançava e cantava em frente à televisão, trabalha hoje, aos 51 anos, também como professora de teclado, algo que faz há 30 anos, e de canto, há apenas três. Aparecida, porque nasceu com um problema de saúde e, como promessa da mãe, foi batizada na igreja de Nossa Senhora Aparecida. “E graças a Deus eu acho que funcionou! Nossa Senhora Aparecida foi boa comigo”.

Rosely sempre gostou de cantar. No entanto, só decidiu seguir a carreira na música já depois de participar de algumas bandas, entre elas a do irmão e de amigos. “Minha carreira foi invertida”, diz, já que começou fazendo shows e depois foi aos bares. A partir de então, foi estudar música. Estudou no Conservatório de Guarulhos oboé e técnica vocal durante quase três anos.
Guarulhos é onde mora há 38 anos. Em um prédio de três andares, mora no térreo, sozinha em um apartamento de dois quartos. “É um lugar bem calmo, não passa ninguém no corredor, nem nas janelas”.
O piano entrou em sua vida por meio de um “desafio” – que mais tarde se revelou falso – de um amigo de seu namorado na época: ele dizia que Rosely poderia cantar na banda, mas não era capaz de tocar um instrumento. Começou então a estudar piano e foi com ele que passou na Ordem dos Músicos. Não fez faculdade de música porque na época só existia faculdade paga.
Começou a dar aulas por meio de um convite feito pela dona da escola onde estudava piano. Isso quando tinha apenas 21 anos. De temperamento forte, por diversas vezes perdia a paciência com seus alunos, algo que hoje não acontece. “A minha relação com a Rosely não é apenas uma relação professor-aluno. É mais que isso. A gente conversa bastante, mesmo não sendo sobre a aula”, diz Maria Cristina de Oliveira, aluna a quase um ano de Rosely. “Ela é meiga e paciente e se interessa pelo desenvolvimento do aluno”, completa.
Desde então nunca mais parou. Quando chegou perto dos 40, percebeu que deveria continuar com esse trabalho, porque “queria casar e ter filhos e não casei nem tive filhos, então meu legado eu vou deixar para os meus alunos, que são como meus filhos”. Para ela “não só a música, mas a arte, faz o contato entre as pessoas”.

A primeira banda em que Rosely cantou, com apenas 15 anos, foi a Axibit Abascumastemus, conjunto do seu irmão mais velho e dono da escola onde hoje trabalha; e, sua primeira música nos palcos foi Sangue Latino, dos Secos e Molhados.
Organizada e metódica, Rosely adora rotina, mesmo odiando acordar cedo, “pra mim tudo tem que ter uma organização, sou uma pessoa muito metódica, disciplinada com as minhas coisas”. Seus esmaltes e perfumes são separados por ordem, assim ela pode usar todos. O mesmo acontece com suas roupas, as quais tem um dia certo para lavar, “tenho roupa pra ficar em casa, pra dar aula e pra cantar”. Essa organização toda se reflete também nas suas aulas, em que anota nos cadernos de cada aluno o que foi ensinado, por exemplo.
“Eu adoro comer só não sou gorda porque eu me controlo”. Controle que vem através da ginástica, que adora praticar, e o faz quase todos os dias, “é uma coisa que eu conquistei e não abro mão de fazer porque me dá muito prazer, é bom pra minha saúde e pra minha vaidade”.
Vaidosa é outro adjetivo que a descreve. Sempre usa a maquiagem combinando com as roupas, batons marcantes, além das bijuterias. Na verdade é loira, com a pele bem branca e, quando pinta seu cabelo de vermelho, fica mais parecida ainda com a Rita Lee.

Dá aulas todos os dias, tanto em escolas quanto particulares, exceto sextas e domingos. Começou a dar aulas de sábado por necessidade, “se pudesse só cantaria, mas não dá”, mesmo assim gosta de dar aulas. Não passa os finais de semana em casa, sai com o namorado, vai visitar os pais ou na casa de amigos.
Eventos, os faz quando surgem. É contratada, há oito anos, da banda Millennium que faz eventos, na maioria casamentos, mas também para festas em empresas, festas de animação, como define Rosely, “com repertório variado, pra dançar e cantar junto”.
Desde 1993 faz shows como backing vocal com o cantor espanhol Manolo Otelo, “mas tem pouco show porque ele não é um artista da mídia”. Seu último trabalho foi em uma gravação de um show em Curitiba, em maio. “Não tem uma foto minha cantando o solo com o Manolo Otelo e é uma coisa que mexe com a vaidade”, reclama Rosely.
Uma voz doce, linda e com muitos anos de experiência. Vaidosa e organizada. Adora o que faz. Essa é Rosely. Alguém que ama a música e nasceu para cantar.

A seguir deixo um vídeo da apresentação dela no Programa do Jô com o Manolo Otelo.

(obs.: Ela é a da esquerda)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Espelho

Já se passaram anos. Tantos crimes e nenhuma pista daquele serial killer. O detetive Thomas já estava cansado de tantas cobranças. Sempre que o caso ia ser encerrado, aparecia mais uma vítima. O mesmo padrão, jovens solitárias, e uma rosa deixada pra trás, em cima do corpo.
Thomas tinha problemas de sono. Mal dormia e quando dormia não se lembrava como. Era um sono sem sonhos. Em uma dessas longas noites ele recebe uma ligação. Mais uma vítima tinha sido encontrada depois de alguns dias. Como ninguém notou a falta dela?
Chegando ao local do crime, Thomas observa a sala ao seu redor. Nenhum sinal de briga, nenhuma pista, nada. Ele volta pra casa e sem sono começa a analisar as fotos de todos os crimes. De repente uma luz se acende. Thomas percebe que o assassino não deixava somente a rosa como pista. Deixava, também, um espelho posicionado perto da vítima. Porém, este espelho nunca estava na posição certa, em todas as fotos eles apareciam ao contrário, virados para a parede. Será que esse louco tem vergonha de seu rosto? Por que esse espelho virado? O que, na verdade, ele não quer ver? Eram tantas perguntas sem respostas que Thomas resolveu sair para caminhar.
O telefone toca. Thomas acorda assustado. Mais uma jovem foi achada. O detetive corre em direção a casa da vítima. E lá estava. O corpo, a rosa, o espelho. O que havia de tão assustador que nem o assassino conseguia ver e acabava por virar o espelho?
Pensando em algum motivo e em alguma maneira de capturar o assassino, Thomas voltou para casa.
Alguns dias se passaram. O assassino devia estar passando por algum momento difícil. Ele não matava ao acaso e agora, em menos de um mês, já eram quatro vítimas. Thomas não achava pistas suficientes e tudo parecia levar a um beco sem saída. Sem conseguir dormir, ele sai para caminhar.
No meio da noite, Thomas acorda. Olha ao seu redor, mas não reconhece o quarto. O detetive levanta, vai até a sala e acende a luz. E lá estava mais um corpo, uma rosa, o espelho virado. Como vim parar aqui?
O desespero começou a crescer em Thomas. Ele olha tudo ao seu redor, tentado encontrar alguma resposta. Pensa, até mesmo, em ligar para a polícia. Mas como explicar a presença dele ali?
Então, Thomas caminha até o corpo, fica em pé ao lado dele, de frente para o espelho. A resposta estava ali, tão perto, só que ele ainda não conseguia enxergá-la. Ele estica o braço devagar e vira o espelho.
Nada. Não havia nenhuma mensagem. Somente seu rosto. Envelhecido. Cansado. De mais um dia de trabalho.

sábado, 22 de maio de 2010

A Procura da Boa Alma


As portas do teatro se abrem e o público começa a entrar. Em uma delas, Denise Fraga; na outra, Ary França. Eles entregam o programa da peça enquanto brincam e agradecem as pessoas por terem vindo.
Assim, o clima é montado. “O que vocês vão ver aqui hoje é uma comédia, ok?!”, avisa o ator Ary França continuando sua interação com o público.
O sinal toca. Os atores se dirigem ao palco. Sentam de costas para o público no que parece ser um camarim improvisado. Levantam-se segurando velas e as apagam após um grito em uníssono de “merda!”. Começa, então, A Alma Boa de Setsuan.


Escrita por Bertolt Brecht, a peça conta a história de quando Deus (Ary França) vai à cidade de Setsuan à procura de uma boa alma. Essa alma ele encontra na prostituta Chen Tê (Denise Fraga), após tê-lo hospedado em seu quarto. Antes de ir embora, Deus dá a Chen Tê mil moedas de ouro. Com isso, ela compra uma tabacaria e muda de vida. Porém, por nunca conseguir dizer não, Chen Tê logo perde o que tem e se endivida. É quando ela se disfarça de Chui Ta, seu primo que chegou a cidade para cuidar dos negócios, e que representa seu oposto.
A peça é dirigida por Marco Antônio Braz e já ganhou vários prêmios entre eles: o APCA de 2008 como melhor espetáculo e como melhor atriz para Denise Fraga. Prêmios estes mais do que merecidos.

Destaque para a atuação de Denise Fraga que mostra sua versatilidade ao interpretar Chen Tê e Chui Ta, na variação de voz, gestos e movimentos, para convencer, não o público, mas os outros personagens de que são duas pessoas diferentes.
Outro destaque na atuação é para Ary França em sua interpretação de Deus que consegue tirar boas risadas da platéia, principalmente com sua interação com o Espírito Santo – representado como uma ave meio tosca que ele leva em seu ombro.

O cenário e o figurino usados são relativamente simples. Quanto ao cenário, são os próprios atores que o movimentam e o montam. Isso confere à peça certa leveza, como se as diversas partes que constituem o cenário estivessem dançando. O figurino é igual para todos os atores, o que varia, na verdade, são os adereços – usados para representar os personagens – simples como um leque, um chapéu ou mesmo uma túnica.
O elenco praticamente não sai de cena. Usa o fundo do palco como camarim para se preparar para a próxima entrada. Contudo, os atores parecem estar confortáveis e muito entrosados, brincando entre eles – como quando um personagem puxa a barba falsa do outro – e chegando a, até mesmo, interagir com a platéia em alguns momentos.

O final do espetáculo pode decepcionar a alguns. Pelo menos àqueles que esperam um fim convencional. A peça não oferece respostas prontas aos questionamentos levantados ao longo da apresentação. No entanto, é a atriz Denise Fraga que finaliza com um texto falado por ela mesma, que só traz mais questões e leva o público, que a pouco ria da situação proposta, a pensar e refletir sobre qual seria o final para Chen Tê; ou melhor, para a contraditória natureza humana.

Recordar é viver...

Um dia desses estava sem muito sono e comecei a lembrar daqueles comerciais antigos e, por incrível que pareça, lembrei de vários.
Resolvi, então, dividir isso com os poucos que leêm esse blog e colocar aqui alguns clássicos que eu consegui lembrar.


O primeiro vídeo é uma coletânea de jingles antigos.




Esse outro é do extinto Banco Bamerindus e faz parte de uma série mas, o jingle era sempre o mesmo.




Cuidado! Esse pode te hipnotizar!




Toda criança da década de 90 que tinha um pianinho e sabia tocar esse jingle. Inesquecível!



(E eu ainda tenho aquele gravador vermelho que aparece pendurado....rsrsrs)


Pra quem colecionava os bichinhos de pelúcia (e ainda tem alguns!):




Ok. Esse eu confesso que é um pouco irritante:



ESTÚPIDA!




Hey, Tio!!




Você disse PIPOCA?!


Essa, pra mim, é a mais clássica de todas. Depois de tantos anos, eu ainda sei a letra inteira do jingle (e aposto que muitos se lembram também).

Essas foram as que eu consegui lembrar. Se alguém tiver outras , me manda que eu atualizo aqui.
Mas, depois tá?! Porque agora eu vou lá fazer minha pipoca com guaraná!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Neo estava certo?


Estava eu em meu quarto, lendo, estudando, ouvindo música ou fazendo qualquer outra coisa que as pessoas fazem quando estão em seus quartos, apenas me isolando do mundo para ter um pouco de privacidade. De repente, meu celular toca. Atendo. É ninguém menos que minha mãe. Conversamos por alguns segundos, talvez um minuto. Por fim ela me chama para descer para o almoço. Sim. Ela está no andar debaixo, na sala.
Essa é uma situação muito comum no meu e no dia a dia de milhares de outras pessoas. E um dia desses me fez pensar: se já nos comunicamos dessa forma hoje, imagine como será daqui a dez ou quinze anos?

Atualmente, a modernidade nos leva para diversos caminhos. Ter um computador de última geração, um IPod, um celular que faz tudo – mas na hora em que você mais precisa não tem crédito nem para fazer uma ligação – são algumas das coisas essenciais para se viver atualmente. Essa corrida maluca atrás de tecnologia, se por um lado é boa, por outro pode ser quase prejudicial.
A maioria das pessoas (e eu também, como explicado no exemplo acima) se isola em seus mundinhos, ouvindo suas músicas no caminho para o trabalho ou para a faculdade. As conversas não se dão mais pessoalmente, a interação se dá por e-mail, MSN, ou pior, via 140 caracteres da mais famosa rede de relacionamento, o Twitter.
Jogos virtuais são criticados por serem muito violentos, pais proíbem seus filhos de jogar, menores de 16 não podem entrar em lan houses desacompanhados.
Relações são mantidas pela internet, sem se perceber que essa relação se dá com uma máquina, mesmo havendo uma câmera para aumentar a interação. Há algum problema na realidade virtual? Em um jogo como The Sims, o jogador pode ficar tão entretido com sua “vida” virtual que pode esquecer de viver a sua vida real?

Cada vez mais e mais pessoas se conectam, os flash mobs – mobilizações feitas pela internet – são organizados pela rede e as pessoas comparecem nas ruas. O movimento “Fora Sarney” é um exemplo disso. (Aqui cabe a questão: esses movimentos, conduzidos em grande parte por pessoas jovens, podem realmente mudar nosso país? Ou isso nos faz ter uma sensação de participação na vida política, mas, no final, não estamos fazendo nada?).
Alta tecnologia, robôs inteligentes, celulares terceira geração. É a globalização, que chegou, finalmente, ao Terceiro Mundo. Será? Ainda vejo pessoas morando nas ruas, passando fome e frio. Isso só aqui no Brasil, sem falar na África, onde a situação é muito pior.

Todos conectados.

Todos conectados?

Significa então que, ao mesmo tempo em que eu posso saber das intimidades de uma pessoa, ela pode saber da minha também. As redes de relacionamento deixam isso bem claro, sendo que no Orkut, a mais famosa delas e que é praticamente dominada pelos brasileiros, pode-se colocar fotos, vídeos, telefones, endereço, e isso serve para quase todas as outras redes.

Não é possível saber onde vamos parar. Seria tão distante um futuro como o do filme Matrix? Ou teremos nosso próprio Big Brother, como imaginou George Orwell em sua distopia 1984?



Tudo bem que imaginar um futuro tão "promissor" quanto esses pode soar pessimista, mas não nos assustamos mais quando vemos o jornal anunciar que inventaram um robô capaz de imitar gestos e expressões faciais dos humanos, chegando ao ponto de, até mesmo, "mostrar seus sentimentos". Se isso nos parece tão normal, um amanhã pessimista pode não estar tão longe assim...


quarta-feira, 14 de abril de 2010

De como me falta inspiração e criatividade para escrever...

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terça-feira, 23 de março de 2010

O incrível mundo das tatuagens

Eu adoro tatuagens. Sempre gostei e acho que é uma forma de arte muito interessante já que vamos levar o desenho pro resto da vida.
Por isso é preciso muito cuidado antes de fazer uma. O básico é pensar bem antes de decidir para ter certeza do desenho que se quer fazer. E também, é claro, escolher um bom lugar e um bom tatuador.
Esse não é o caso das pessoas nas fotos abaixo....


Vamos começar com a série: "Queria fazer uma homenagem pra você!"




Da série: "Não vi o que ele tava fazendo aí atrás".





E, na última série: "Viagem no ácido".






And the winner is...


Ou será esse aqui?!




Pra terminar bem essa sessão de bizarrices, deixo as minhas duas tatuagens.
A primeira eu fiz em 2008. É o nome de uma música do Pearl Jam, Given to Fly, que significa capaz de voar.

A segunda, é uma clave de sol no ombro, que eu fiz em 2009.


E é claro, pra terminar melhor ainda, o vídeo da música que inspirou minha tattoo:

segunda-feira, 1 de março de 2010

Adivinhe a idade...

Esses dias estava fuçando na net e, por acaso, encontrei um vídeo muito interessante.
Sei lá, às vezes nem foi tão por acaso assim........
O mais curioso disso é que o vídeo não pretende ser motivacional, de auto-ajuda ou qualquer coisa do tipo.

(e nem eu pretendo fazer isso aqui!).

Mas é impossível não pensar sobre qual é a idade certa para se aprender e fazer alguma coisa nova. Se é que algo nesse sentido exista...
Enfim, acho que não há um limite de idade para se fazer o que gosta, pra se divertir e zoar, assim como os simpáticos velhinhos do vídeo fazem.

Ah! Aí vai o vídeo!

(Atenção a todo o remelexo e jogo de cintura que o da direita tem em relação aos outros).


A única coisa em que eu consigo pensar depois de ver esse vídeo é que NUNCA É TARDE PARA DANÇAR!! (ou pagar um mico...).

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Há salvação pro Rock?

Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que respeito o gosto alheio, por mais que esse seja extremamente ruim...

Como pode existir tantas bandas iguais hoje em dia?
O meu estilo de música é definitivamente rock. Mas não é qualquer tipo de Rock. Pouca coisa me atrai no pós-década de 90, ou seja, hoje.
É complicado dizer isso, e triste ao mesmo tempo....Como pode um gênero musical cair tanto assim no quesito qualidade?
Não é à toa que bandas antigas estão voltando...Ainda há salvação pro Rock!

Anyway...

Voltando ao tópico "hoje em dia", não sei se só eu tenho essa impressão. Mas é uma conta bem simples: pegue essas bandinhas que fazem muito sucesso como NXZero, Cine, Fresno e afins. É TUDO A MESMA COISA!!
Onde foi parar a inspiração?! A melodia?! A poesia?! A MÚSICA??!!
Será que os fãs dessas "bandas" nunca ouviram um Nirvana, um Queen, um The Who ou um The Doors? Ah, sem esquecer dos Beatles e dos Rolling Stones....Isso só pra citar algumas.
Esse é um vídeo da melhor e mais hipnotizante música do The Doors, na minha modesta opinião, em uma versão ao vivo:


Não vou entrar no assunto de rótulos. Nenhuma dessas bandas se definem como "emo" e até não gostam quando são chamadas assim. Mas, se elas não são "emo", o que seriam então?
Talvez punk?
Ah sim, eles são muito punk mesmo, dá até pra sentir toda a rebeldia nos vocais chorosos de "Razões e Emoções" ou aquela voz aguda e irritante quando o vocalista do Cine insiste em repetir "só minha"...
E como eu conheço essas músicas? Porque elas não param de tocar nas rádios e em programas de TV. Sim, fazem muito sucesso....
Então, como fica o Rock?
Algumas bandas que surgiram no pós-90 e que são realmente boas como Audioslave (infelizmente se separou, mas tive o privilégio de ver um super-show do Chris Cornell em 2007), The White Stripes, The Strokes, Fraz Ferdinand, Kings of Leon, Coldplay e por aí vai...mostram que o Rock não morreu!

Minha dica: procure todas essas bandas boas que citei. Cada uma tem um estilo diferente e você, com certeza, não vai se arrepender!
E pra terminar, um vídeo de uma das minhas bandas preferidas dos anos 2000:


Minhas mais sinceras desculpas se alguém leu isso e se sentiu ofendido, como eu disse no começo, respeito todas as opiniões.
(Mas, sinceramente, gostar de Cine? HAHAHAHAHAHA)

sábado, 30 de janeiro de 2010

Todos querem (ser) DEXTER!!!

E se existisse um serial killer que fizesse justiça com as próprias mãos, matando somente quem merecesse?
Esse assassino existe. E tem nome. Dexter.


Dexter Morgan é um personagem criado por Jeff Lindsay em seu livro Darkly Dreaming Dexter. Ele é um analista forense especialista em sangue que trabalha para a polícia de Miami. Porém, Dexter tem um lado sombrio: ele também é um assassino que mata outros assassinos ou os que, na sua visão, merecem.
O livro foi adaptado para uma série de TV, DEXTER (que hoje, infelizmente, não está mais sendo transmitida no Brasil), vencedora de vários prêmios, entre eles o Globo de Ouro em 2010 para Michael C. Hall (que interpreta Dexter) como melhor ator de drama.

A abertura da série não é nada menos que irônica.



Dexter é um paradoxo: Ao mesmo tempo em que ajuda a resolver crimes, também os comete. É da sua natureza ser um assassino. É o seu trabalho e ele gosta do que faz (digamos, ainda, que o faz muito bem).

Ainda durante a 1ª temporada, Dexter vai a um psicólogo e faz uma incrível revelação que parece tirar um grande peso de seus ombros. (Na minha opinião, uma das melhores cenas dessa temporada).



No final do ano passado, a Showtime lançou os Early Cuts. São animações que contam sobre as primeiras vítimas de Dexter e como ele se aprimorou até chegar a ser o assassino que hoje é retratado na série.

Dito tudo isso, uma coisa nessa série me fez pensar: "E se, de repente, algumas pessoas se inspirassem nesse personagem e decidissem seguir seu exemplo, fazendo justiça com as próprias mãos?"
Se (e se) isso acontecesse, o mundo viraria um caos. Tudo seria motivo para matar. O "olho por olho, dente por dente" seria finalmente a regra.
É óbvio que às vezes é o que a gente sente e o que a gente quer. Não é à toa que o Capitão Nascimento foi tão aclamado e considerado um herói.
Mas isso é só ficção. Será que nós iríamos gostar tanto assim de ter um Dexter nos rondando??
Tá, não vou nem começar a falar sobre a mídia manipuladora e seus programas sensacionalistas de fim de tarde que exploram bastante essa ideia.
A questão aqui é outra.
O que eu realmente quero dizer é que Dexter já existe. Existe em cada um de nós. É aquele lado monstro (como o próprio Dexter diz) que todos queremos esconder. A única diferença é que uns escodem mais; outros, bem, não são tão bons atores assim...
Enfim. Todos somos um paradoxo (ou uma metamorfose?) ambulante. Todos somos Dexter!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

De volta aos Anos 90...

Inglaterra. 30 de Agosto de 1992. Dia memorável para todos os fãs do Nirvana que estavam presentes no Reading Festival.
Kurt Cobain (vocal e guitarra) entra no palco sendo empurrado em uma cadeira de rodas, vestindo peruca e roupa de hospital. Tudo não passava de uma brincadeira com os rumores de que ele estaria doente. Dave Grohl (bateria) e Krist Novoselic (baixo) completam a banda.

Felizmente, os fãs que não puderam ver esse show ao vivo (por motivos óbvios, assim como eu) tem hoje a chance de desfrutar de uma das melhores apresentações da banda. Ou, como é mais conhecida, A MELHOR APRESENTAÇÃO DO NIRVANA.
No final do ano passado, foi lançado o DVD NIRVANA LIVE AT READING e, é claro, que eu pedi de presente de Natal.


Assim que pude, o vi e tive que concordar, é realmente um show que entrou para a história do rock. A única coisa que eu consegui pensar depois foi: "Eu nasci na época errada..."

É incrível que mesmo depois de 15 anos do fim da banda - por causa do suposto suicídio de Cobain - tudo continue tão atual. Claro que a destruição clássica dos instrumentos no final do show é bem a cara dos anos 90 mas, o Nirvana continua a fazer fãs ao redor do mundo.
Um DVD essencial para os fãs, para aqueles que gostam de Rock e, se for pra rotular, para os que curtem o Grunge dos anos 90.
Resumindo: boa música. É apenas o que eu tenho a dizer.
Por fim, deixo 2 vídeos: o 1º é o trailer oficial do DVD; o 2º, é da mais conhecida e famosa música deles.



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Improvável de acontecer?!

Tudo começou há pouco mais de um ano. Estava de férias da faculdade e era final de 2008. Na época, meu irmão monopolizava o computador durante o dia e, nas madrugadas, o pc era só meu. Foi em um dia sem muitas inspirações que resolvi buscar uns vídeos na internet.
Sou muito fã do Rafinha Bastos e, por isso, comecei por ele.
Depois de ver alguns vídeos do seu stand up (A Arte do Insulto - que por sinal é muito melhor ao vivo) decidi ver um dos relacionados. Era um tal de IMPROVÁVEL.
Bem, depois disso virei fã desse espetáculo que é "provavelmente bom". E, é claro, virei fã dos BARBIXAS - Daniel, Elidio e Anderson - e do trabalho incrível de improviso (sim é realmente improviso, apesar de muitas pessoas acharem que não...) que eles fazem no teatro. Improviso não é apenas chegar lá e fazer qualquer coisa; é necessário muito estudo, como eles mesmos sempre dizem.
Na verdade, acho que vicie. Toda a noite eu via pelo menos um vídeo deles. Infelizmente só consegui ir em um IMPROVÁVEL em 2009 ("a melhor penúltima sessão já vista").
Esse foi um dos primeiros vídeos (se não o primeiro!) que eu vi deles.



E, é claro, como fã que sou, tive que ir nas gravações do novo programa deles, o É TUDO IMPROVISO, que de tanto eu falar, algumas pessoas já me perguntaram se eu ganho royalties pela divulgação do programa....
Por último, só tenho que elogiar muito o trabalho deles e, também, a simpatia e a atenção que eles dão para todos os fãs enlouquecidos que pedem autógrafos e fotos na saída da Band às dez horas da noite! (apesar disso......não sou uma dessas fãs enlouquecidas....).
Ah...é claro que também tenho que comentar sobre as amizades improváveis que fiz na fila esperando para entrar na gravação (assim elas não se sentem excluídas!): Andresa, Isamara, Mariana, Mai, Marcela e a amiga de Floripa Gisele. Obrigada por dividir esse "vício" comigo!

domingo, 24 de janeiro de 2010

Primeiro post....só podia ser no dia do meu niver mesmo...

Era cerca de 3h30 da manhã do meu aniversário. Estava eu na sala na casa da minha avó. Eis que ela surge na porta da sala e pede pra eu ir dormir. Eu disse que já ia. Ela se virou e foi pra cozinha. Quando menos espero ela volta com R$100,00. "Já é seu aniversário!", me disse estendo a mão e me dando o dinheiro.
Às vezes fico me perguntando sobre essas coisas que acontecem do nada.......