sábado, 30 de janeiro de 2010

Todos querem (ser) DEXTER!!!

E se existisse um serial killer que fizesse justiça com as próprias mãos, matando somente quem merecesse?
Esse assassino existe. E tem nome. Dexter.


Dexter Morgan é um personagem criado por Jeff Lindsay em seu livro Darkly Dreaming Dexter. Ele é um analista forense especialista em sangue que trabalha para a polícia de Miami. Porém, Dexter tem um lado sombrio: ele também é um assassino que mata outros assassinos ou os que, na sua visão, merecem.
O livro foi adaptado para uma série de TV, DEXTER (que hoje, infelizmente, não está mais sendo transmitida no Brasil), vencedora de vários prêmios, entre eles o Globo de Ouro em 2010 para Michael C. Hall (que interpreta Dexter) como melhor ator de drama.

A abertura da série não é nada menos que irônica.



Dexter é um paradoxo: Ao mesmo tempo em que ajuda a resolver crimes, também os comete. É da sua natureza ser um assassino. É o seu trabalho e ele gosta do que faz (digamos, ainda, que o faz muito bem).

Ainda durante a 1ª temporada, Dexter vai a um psicólogo e faz uma incrível revelação que parece tirar um grande peso de seus ombros. (Na minha opinião, uma das melhores cenas dessa temporada).



No final do ano passado, a Showtime lançou os Early Cuts. São animações que contam sobre as primeiras vítimas de Dexter e como ele se aprimorou até chegar a ser o assassino que hoje é retratado na série.

Dito tudo isso, uma coisa nessa série me fez pensar: "E se, de repente, algumas pessoas se inspirassem nesse personagem e decidissem seguir seu exemplo, fazendo justiça com as próprias mãos?"
Se (e se) isso acontecesse, o mundo viraria um caos. Tudo seria motivo para matar. O "olho por olho, dente por dente" seria finalmente a regra.
É óbvio que às vezes é o que a gente sente e o que a gente quer. Não é à toa que o Capitão Nascimento foi tão aclamado e considerado um herói.
Mas isso é só ficção. Será que nós iríamos gostar tanto assim de ter um Dexter nos rondando??
Tá, não vou nem começar a falar sobre a mídia manipuladora e seus programas sensacionalistas de fim de tarde que exploram bastante essa ideia.
A questão aqui é outra.
O que eu realmente quero dizer é que Dexter já existe. Existe em cada um de nós. É aquele lado monstro (como o próprio Dexter diz) que todos queremos esconder. A única diferença é que uns escodem mais; outros, bem, não são tão bons atores assim...
Enfim. Todos somos um paradoxo (ou uma metamorfose?) ambulante. Todos somos Dexter!

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